Marcos Masini: Jornalista, Teólogo, Assessor de Imprensa, Social Media e Webwriting

A vida realmente começa aos 40

Antes de começar a escrever sobre minha nova idade procurei ler algo relacionado as 40 primaveras – só de usar essa expressão já denota que você não é mais um garotão -, mas, confesso, estranhei um pouco o negativismo da maioria dos textos, posts, frases e piadas.

Uma coisa é certa: chegar a idade dos quarenta anos, em particular, é diferente de todos os aniversários anteriores. Não é algo assim tão óbvio. Trata-se da idade da ruptura. Até o cinema tentou retratar esse momento no filme “A vida começa aos 40”, (Heartbreak Hotel – original) uma comédia  – comento sobre isso mais adiante -, dirigida por Colin Nutley, um britânico radicado na Suécia, com Helena Bergström, Maria Lundqvist, Claes Mansson, Johan Rabaeus entre outros. Tem até livro sobre o assunto.

O que significa então dizer que a vida começa aos 40? Nós colocamos lado a lado toda a nossa vivencia e começamos a refletir – chamo isso, às vezes, de #FilosofiasBaratas, uma maneira, talvez, de atenuar as coisa e não levar tudo a sério ou a ferro e fogo . Mas é nessa idade que as perguntas começam a pipocar. Quem sou, na real? Era isso que eu esperava da vida? Mas qual afinal é o sentido da vida? O que me dá e traz satisfação? Que valores eu tenho? Minhas atitudes têm relação com meus valores, com a minha ética?  Completar 40 anos e dizer que a vida começa agora é como completar um ciclo e começar tudo de novo. Começar de novo, aos 40, é como se apertasse o botão de alerta. Ops! Começar de novo, preencher uma nova vida pode gerar novos conflitos e desassossegos em muitos. E foi esse lado negativo que encontrei na maioria dos textos sobre o assunto.

Li em algum lugar que, na Bíblia, 40 anos é preparo de Deus, presença, revelação e poder. E é assim que tenho me sentido. A presença de Deus com mais sobriedade na minha vida. A revelação de coisas que antes eram incompreensíveis. E o poder, como se fosse TNT, para viver, realizar, fazer.

Estava me preparando para “amarrar o texto e lembrei que deveria falar algo sobre comédia – relacionado ao filme “A vida começa aos 40” (promessa do segundo parágrafo) – O gênero do filme é bem apropriado, ao menos para mim. Apesar do drama que é para alguns, o tempo tem sido generoso para comigo e tenho tido prazer em rir da e para a vida. A paixão incessante pelo trabalho, o descobrir de novas amizades, o amor pela família, o compreender, o ouvir, o silenciar.

Claro, na saúde nem tudo é 100%, mas, no meu caso, muita coisa é consequência de despreparo físico para suportar tanto tempo praticando dois esportes que encabeçam a lista das praticas esportivas de maior impacto: Vôlei e Basquete.

Salve! Salve! Viva 19 de Fevereiro! Sou um quarentão feliz!

4 respostas para “A vida realmente começa aos 40”.

  1. Ué… Hollywood mudou para a Suécia?

    1. Olá, Ernesto.

      Boa a observação. Mudei.

      [ ]’s

  2. Parabéns Marcão! Eu já tenho um ano a mais de experiência que você, hahahahaha!! Mas você falou muito bem, é realmente isso, se a gente tiver que se reinventar ou se reafirmar a hora é essa. Grande abraço!

  3. Quarenta anos deve ser mesmo uma boa idade. Chego lá em 2013. E 40 deve ser mesmo o tempo de Deus. Moisés teve de vagar 40 anos no deserto, não é mesmo? E deve ser o tempo de Deus para os homens também, porque é uma ruptura com as coisas que talvez os prendam à juventude. As pessoas têm medo de envelhecer porque ser apegam à juventude. O maior medo, talvez, seja o de perder a beleza, típica da juventude, ou a capacidade de gerar filhos (para as mulheres) e ter a certeza de que não se é mais um menino ou uma menina.
    E também é aos 40 que ocorrem as preocupações do que vai ser o futuro, de como será a velhice. No entanto, é mais confortante. Porque é aos 40 que se tem a certeza de que, chegando até aqui ileso, será possível enfrentar tudo o que vier com um pé nas costas. É o início da sabedoria talvez. É a certeza de que se abriu uma porta, mas esta não é a última porta. Outras virão. A filosofia já tratou disso, que a ação de viver abre uma porta, que vai dar em outras portas que, por sua vez, darão em outras portas e assim continuamente.
    Feliz aniversário e feliz início do ciclo da sabedoria.

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