Antes de começar a escrever sobre minha nova idade procurei ler algo relacionado as 40 primaveras – só de usar essa expressão já denota que você não é mais um garotão -, mas, confesso, estranhei um pouco o negativismo da maioria dos textos, posts, frases e piadas.
Uma coisa é certa: chegar a idade dos quarenta anos, em particular, é diferente de todos os aniversários anteriores. Não é algo assim tão óbvio. Trata-se da idade da ruptura. Até o cinema tentou retratar esse momento no filme “A vida começa aos 40”, (Heartbreak Hotel – original) uma comédia – comento sobre isso mais adiante -, dirigida por Colin Nutley, um britânico radicado na Suécia, com Helena Bergström, Maria Lundqvist, Claes Mansson, Johan Rabaeus entre outros. Tem até livro sobre o assunto.
O que significa então dizer que a vida começa aos 40? Nós colocamos lado a lado toda a nossa vivencia e começamos a refletir – chamo isso, às vezes, de #FilosofiasBaratas, uma maneira, talvez, de atenuar as coisa e não levar tudo a sério ou a ferro e fogo . Mas é nessa idade que as perguntas começam a pipocar. Quem sou, na real? Era isso que eu esperava da vida? Mas qual afinal é o sentido da vida? O que me dá e traz satisfação? Que valores eu tenho? Minhas atitudes têm relação com meus valores, com a minha ética? Completar 40 anos e dizer que a vida começa agora é como completar um ciclo e começar tudo de novo. Começar de novo, aos 40, é como se apertasse o botão de alerta. Ops! Começar de novo, preencher uma nova vida pode gerar novos conflitos e desassossegos em muitos. E foi esse lado negativo que encontrei na maioria dos textos sobre o assunto.
Li em algum lugar que, na Bíblia, 40 anos é preparo de Deus, presença, revelação e poder. E é assim que tenho me sentido. A presença de Deus com mais sobriedade na minha vida. A revelação de coisas que antes eram incompreensíveis. E o poder, como se fosse TNT, para viver, realizar, fazer.
Estava me preparando para “amarrar o texto e lembrei que deveria falar algo sobre comédia – relacionado ao filme “A vida começa aos 40” (promessa do segundo parágrafo) – O gênero do filme é bem apropriado, ao menos para mim. Apesar do drama que é para alguns, o tempo tem sido generoso para comigo e tenho tido prazer em rir da e para a vida. A paixão incessante pelo trabalho, o descobrir de novas amizades, o amor pela família, o compreender, o ouvir, o silenciar.
Claro, na saúde nem tudo é 100%, mas, no meu caso, muita coisa é consequência de despreparo físico para suportar tanto tempo praticando dois esportes que encabeçam a lista das praticas esportivas de maior impacto: Vôlei e Basquete.
Salve! Salve! Viva 19 de Fevereiro! Sou um quarentão feliz!
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